Brasil – Pai salva filho de 3 meses com transplante de medula óssea. O pequeno Miguel, morador de Riacho Fundo (DF), foi diagnosticado com uma grave imunodeficiência, uma doença que o deixava sensível a infecções causadas por vírus, bactérias ou fungos. Sem o transplante de medula óssea, o bebê corria alto risco de vida.
A sorte de Miguel foi ter um pai compatível para o transplante. Francisco Fagner, 32 anos, se ofereceu para doar a medula do filho e o procedimento foi realizado com sucesso no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).
“Fiquei feliz demais em poder doar. Desde o início eu já falava que, se todos fôssemos compatíveis da mesma forma, eu que doaria”, disse Francisco.
O diagnóstico de Miguel foi feito no teste do pezinho, que é feito em todos os recém-nascidos no Brasil. O resultado apontou que o bebê tinha SCID, sigla em inglês para imunodeficiência combinada grave.
A doença é rara, afetando cerca de 1 a cada 100 mil crianças no mundo. Os pacientes com SCID não conseguem produzir células de defesa, o que os deixa extremamente vulneráveis a infecções.
Após o diagnóstico, Miguel começou a receber um tratamento para fortalecer seu sistema imunológico. No entanto, o transplante de medula óssea era a única maneira de garantir a cura definitiva da doença.
A operação foi realizada em novembro de 2023 e durou cerca de quatro horas. Francisco doou a medula óssea por meio de uma punção lombar.
Após o transplante, Miguel passou por um período de internação para recuperação. Agora, ele está em casa e segue em tratamento com antibióticos e imunossupressores.
“Agora é só felicidade. Todo esse momento já foi superado”, comemorou a mãe de Miguel, Nara Rodrigues.
A história de Miguel é um exemplo da importância do teste do pezinho e do transplante de medula óssea. A doação de medula óssea é um gesto simples que pode salvar vidas.
Como se tornar doador de medula óssea
No Brasil, para se tornar doador de medula óssea é preciso seguir alguns pré-requisitos:
Ter entre 18 e 35 anos de idade
Estar em bom estado de saúde
Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite)
Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide)
Se você se encaixa no perfil acima, procure o Hemocentro mais próximo de sua cidade e se cadastre no Redome, o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
O usuário permanece ativo no Redome até completar 60 anos.
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