O presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Pan Gongsheng, reafirmou nesta terça-feira (28) o compromisso da instituição com uma política monetária expansionista para dar suporte à economia no momento.
Pan Gongsheng, presidente do Banco do Povo da China, disse nesta terça-feira (28) que a política monetária permanecerá expansionista para dar suporte à economia no momento, mas que reformas estruturais são necessárias para reduzir a dependência da infraestrutura e do setor imobiliário para o crescimento.
Em uma conferência em Hong Kong, Pan afirmou que o impulso econômico dos últimos meses sugere que a China atingirá sua meta de crescimento para 2023 de cerca de 5%. “Estou confiante de que a China terá um crescimento saudável e sustentável em 2024 e nos anos seguintes”, acrescentou.
Pan também disse que espera que a inflação ao consumidor aumente nos próximos meses, já que as quedas nos preços dos alimentos, especialmente da carne suína, não serão sustentadas.
O governo chinês lançou uma série de medidas este ano para sustentar a recuperação econômica pós-pandemia, afetada por uma crise no setor imobiliário, riscos de dívidas de governos locais, crescimento global lento e tensões geopolíticas.
Em outubro, a China revelou um plano para emitir 1 trilhão de yuanes (cerca de R$ 690 bilhões) em títulos soberanos até o final do ano, elevando a meta de déficit orçamentário de 2023 para 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em relação aos 3% originais.
O banco central também implementou cortes modestos nas taxas de juros e injetou mais dinheiro na economia nos últimos meses, comprometendo-se a manter o suporte.
“No futuro, o Banco do Povo da China continuará a manter sua política monetária expansionista para dar suporte à economia”, disse Pan.